Causa dos Transtornos Emocionais
Divaldo Pereira Franco responde
Causas do aumento dos
Transtornos Emocionais
Pergunta: - As estatísticas não são precisas, mas estima-se que 25% da população mundial sofre de alguns transtorno psiquiátricos, como depressão crônica, distúrbio bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo e a síndrome do pânico. Quais as causas dessa verdadeira epidemia?
Resposta - Do ponto de vista espírita, todos esses fenômenos são do Espírito, doente é o Espírito, como, aliás, assevera a Organização Mundial de Saúde: “Não existem doenças, mas doentes”.
Quando o indivíduo tem débitos perante a Consciência Cósmica, quando é enfermo espiritualmente, encontra-se com predisposição para deixar-se afetar por essas ondas de perturbação, de desajustes, esses conflitos que vêm como heranças ancestrais dos seus desaires.
Dessa maneira, a melancolia e a depressão, os distúrbios do pânico e outros transtornos igualmente graves encontram-se em germes no Espírito que é devedor.
Existem, no entanto, fatores endógenos, tais como hereditariedade – assevera-se que todo aquele que descende de um depressivo tem 30% de probabilidade de ser depressivo também, mas se ele descende de um casal de depressivos, essa probabilidade sobe para 70% -, as enfermidades infectocontagiosas, as seqüelas dessas doenças que respondem pela irrupção do estado depressivo, do transtorno obsessivo compulsivo, do distúrbio do pânico, etc.
Existem também os fatores de natureza exógena, aqueles externos, tais como os relacionamentos psicossociais, os fenômenos socioeconômicos, as induções e efeitos desses relacionamentos, a ansiedade, o
medo, a solidão e as ocorrências denominadas como perdas. Todos eles contribuem de alguma forma para a instalação desses transtornos de conduta.
(...)
O espiritismo, no seu paradigma científico, apresenta uma terceira psicogênese para todos esses fenômenos perturbadores, que denominamos como lei da causa e efeito, defluentes das reencarnações de cada espírito. Nessa lei, encontram-se os fatores predisponentes e preponderantes para a instalação dos transtornos clássicos, academicamente considerados. Nesse postulado, o Espiritismo identifica uma outra síndrome, a da obsessão, que constitui a interferência de Espíritos perversos em nossas vidas.
Os gregos asseveravam que os deuses podem nos castigar, dando lugar ao surgimento da melancolia, no entanto Aristóteles refere que Platão e Sócrates, periodicamente, entravam em melancolia e naqueles estados eram inspirados pelos mesmos deuses, aí identificamos duas vertentes a melancolia punitiva e a inspiradora.
No entanto, hoje, como escreve muito bem o periodista americano de nome Solomon, no seu livro “O Demônio do meio-dia”, a depressão toma conta do mundo, na sociedade norte-americana são dezenas de milhões de indivíduos crônicos , outros tantos experienciando-a na fase primária. No Brasil, cujas estatísticas não são muito divulgadas, a depressão hoje alcança uma estatística surpreendente.
Pergunta: - Qual a melhor terapia para os transtornos emocionais e prevenção da depressão?
(...)
Resposta - O psicoterapeuta pode ajudar o paciente a encontrar o fator eu desencadeia o transtorno, mas para que se refaça o equilíbrio entre os neurotransmissores, sem dúvida a terapia psiquiátrica irá
contribuir com eficiência para a solução do problema.
O espiritismo, por sua vez, oferece, dentro das técnicas da
doutrina, a conscientização do paciente, (...) despertando-o para a compreensão de que somente se sofre aquilo que é resultado de ações infelizes.
Desse modo, propiciando-lhe a visão em torno da evolução reencarcionista de que estes são efeitos de outros males praticados ontem, a mudança atual de conduta, mediante a ação de caridade, pelo bem que se possa fazes, pela reflexão, pela prece, adquire méritos, e, por extensão, reequilibram-se os neurônios, porque o perispírito recebe reforço de energias saudáveis. (...)
(...) o indivíduo fragilizado em decorrência das circunstância da depressão (o medo, a ansiedade, a solidão, o desamor, (...) quando ocorre algo que o abala, foge para dentro de si mesmo e perde o interesse pelos valores da vida.
(...) O Espírito Joanna de Angelis sugeriu-me oportunamente cinco itens para a felicidade:
1º - “A vida é bela”.
Ora bem, se reflexionarmos realmente, a vida é bela em todos os seus aspectos. Em toda parte está presente a harmonia, canta a celeste música da beleza.
2º - “Eu nasci para amar”.
A maioria das pessoas sempre acha que nasceu para ser amada, olvidando-se que o amor não é um jogo de interesses, mas a própria razão de ser da vida.
3º - “ Eu nasci para servir”.
Se nos dedicarmos a servir, nossa vida adquire significado. Enquanto desejamos ser servidos, ainda nos encontramos na fase infantil da emotividade.
4º - “O mal que me fazem não me faz mal, o mal que me faz mal é o mal que eu faço, porque me torna um homem mau”.
Em realidade, ninguém faz mal a outrem, porque sempre ele é feito a si próprio, assim como o bem. Quando o indivíduo se dedica ao mal, ei-lo infeliz em sua ação.
5º - “Há um sol brilhante dentro de mim”.
Quando o Sol brilha dentro de mim, a alegria, o objetivo essencial da vida nunca se apresenta entre sombras, qual ocorre com uma lâmpada, na qual a claridade vem de dentro para fora. Se alguém carrega uma lâmpada, embora a luz que irradia também projete sombra, quando o seu brilho é interior, um sol interno, tudo é luz, há alegria, há vida, não há depressão.
RECOMENDAMOS A LEITURA:
Divaldo Franco Responde, organizado por Cláudia Saegusa.
Nesse livro Divaldo responde de forma clara, lógica e didática às questões:
sonhos, depressão, tristeza, melancolia, anjo da guarda, mortes coletivas, mortes prematuras, mediunidade, mediunidade infantil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário