PALESTRAS/REUNIÕES PÚBLICAS

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PALESTRAS/REUNIÕES PÚBLICAS - Às 4ª e 6ª feiras às 20 hs. e aos sábados às 15 hs

MARÇO - 2013

6ª feira -01 - Expositor/Tema: Jorgina Souza/Encarnação uma Lei Divina

Sábado - 02 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 06 -
Expositor/Tema: Luiz Antonio A de Souza/A Casa Espírita esta atendendo à causa Espírita?

6ª feira - 08 -
Expositor/Tema: Stela Pereira/Voz da Consciência

Sábado - 09 -Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 13 -
Expositor/Tema:Deuza Nogueira/Justiça social: uma questão de amor ao próximo

6ª feira - 15 - Expositor/Tema: Eduardo Henrique/A fórmula da caridade

Sábado - 16 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 20 -
Expositor/Tema: Wilsom Ribeiro/A fé transporta montanhas

6ª feira - 22 - Expositor/Tema:Rosane Moreira/O Evangelho e a atualidade

Sábado - 23 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 27 - Expositor/TemaCláudio Amaral/Despertar da Consciência: uma nova visão da vida

6ª feira - 29 - Expositor/Tema: Prece aos Desencarnados - Marcos Nunes/Vigiemos e Oremos-Parábola dos 1º Lugares

Sábado - 30 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo



ESDE - ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Dia/Horário: todas as 2ª feiras às 19 hs

(São comtemplados todos os livros do Pentateuco, com os alunos divididos em grupos de estudo)


ESTUDO DAS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ
Todas as 6ª feiras às 18:30h


ATENDIMENTO FRATERNO
ÀS 6ª feiras à partir das 18 hs.





sábado, 19 de maio de 2012

Suicidas

Amigos e irmãos, abraço-os fervorosamente.
Nesta oportunidade, desejo compartilhar com os companheiros um fato relacionado ao suicídio que resultou numa série de ações, desen­volvidas ao longo de dezoito meses, aproximadamente, mas cujo desfecho superou todas as expectativas, mes­mo as inimagináveis.
As regiões de sofrimento onde vivem os suicidas, de to­das as categorias, são inúme­ras e vastas nos planos de es­pírito. Brotam de um dia para outro, pois os excessos da humanidade têm reduzido o tempo de reencarnação para um número significativo de pessoas. Os atentados contra a manutenção da saúde física, mental e psicológica atingem cifras realmente assustadoras.
A campanha em defesa da vida, conduzida pelos espíri­tas, é ação que ameniza a situação. Mas algo mais in­tenso e abrangente, que envolva a sociedade, urge ser desenvolvido.
Assim, passamos ao nosso relato. Localizamos em determinado nicho, em nosso plano, uma comunidade de suicidas vivendo em situação precária, em todos os aspectos. Chamava a nossa atenção que tal reduto de dor nunca reduzia de tamanho. Ao contrário, contabilizávamos um número crescente, dia após dia. Procurando analisar a problemática por todos os seus ângulos, verificamos que no local, incrustado em espaço de difícil acesso, existia uma espécie de “escola” – se este é o nome que se pode utilizar – cujos integrantes se especializaram em indução ao suicídio: técnicas, recursos e equipamentos sofisticados eram desenvolvidos para que encarnados cometessem suicídio.
O suicida era, então, conduzido à instituição e, sob tortura, a alma sofredora fornecia elementos mentais que serviam de alimento à manutenção de diferentes desarmonias que conduzem o homem ao desespero.
Fomos surpreendidos pela existência de tal organiza­ção e estarrecidos diante do fato, de como a alienação, associada à maldade, pode desestruturar o ser humano.
Depois de tomar conhecimento dos detalhes, um plano de trabalho foi definido, depois que um mensa­geiro de elevada região veio até nós.
Durante meses pelejamos para sermos adequada­mente preparados, inclusive aprendendo a liberar vibrações mais sublimadas, a fim de fornecer a matéria mental e sentimentos puros que pudessem erguer um campo de força energético ao redor do local.
Almas devotadas estiveram conosco permanente­mente instruindo-nos, fortificando-nos e nos revelan­do a excelsitude do amor. Entretanto, era preciso fazer algo mais. Desfazer a organização não representaria, em princípio, maiores problemas, o desafio seria convencer os instrutores a não fazer mais aquele tipo de maldade. Várias tentativas foram envidadas, neste sentido. Orienta­dores esclarecidos da Vida Maior foram rejeitados e até ridicularizados. Nada conseguíamos com os dirigentes daquela instituição, voltada para a prática do suicídio.
Mas, a vitória chegou, gloriosa, no final da tarde do domingo último(*), quando convidados a participar do encerramento do Congresso, aqueles dirigentes presencia­ram a luminosidade do amor. Conseguiram, finalmente, ver o significado da vida, a sua importância e fundamentos.
Foram momentos de grande emoção que envol­veu a todos nós, quando uma nesga de luz desceu sobre os encarnados e desencarnados no exato instante em que to­dos, em ambos os planos da vida, se deram as mãos e cantaram a música em prol da paz.
A nesga de luz se alargou, cresceu, envolveu a todos. A força do amor jorrou plena e, em sublime explosão, rompeu o ar, circulou sobre a cabeça de todos, espa­lhou-se como poderosa onda para além do recinto, ganhando a cidade.
Brasília se nimbou de luz, no ar, no solo, nas águas. À nossa visão estupefata e maravilhada parecia que uma nova estrela estava surgindo. Os seres da criação, vegetais, animais e hominais, os elementos inertes, rochas e mine­rais, as construções humanas, prédios, edifícios, avenidas, bancos, repartições públicas e privadas, residências, tudo, enfim, foi banhado por luz pura e cristalina que jorrava do alto.
Célere, a bela luminosidade espalhou do coração da Pátria para todos os recantos, do Brasil, das Américas, da Europa, África, mais além, no extremo e médio oriente, atingindo todos os continentes, países e cidades. Alcan­çou os pólos do Planeta, girou, em bailado sublime, por breves minutos ao redor do Terra e se prolongou mais além, em direção ao infinito.
Jesus tinha se aproximado do Planeta, em brevíssima visita de luz, amor e compaixão. Jamais presenciei tanta beleza e tanta paz!
Com afeto,
Yvonne Pereira
(*) Domingo, 18/04/2010: dia do encerramento do 3.º Congresso Espírita Brasileiro, em Brasília. Todos os presentes cantavam, emocionados, a música pela paz.
Mensagem psicográfica recebida por Marta, na Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 22 de abril de 2010, pelo Espírito de Yvonne do Amaral Pereira, a inesquecível co-autora de “Memórias de um Suicida” (24-12-1900 * 09-03-1984).

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Nas Hesitações de Pedro


NAS HESITAÇÕES DE PEDRO
Logo depois de se estabelecerem os apóstolos em Jerusalém, em seguida às revelações do Pentecostes, ia o serviço de assistência social maravilhosamente organizado, não obstante as perseguições que se esboçavam, quando a casa acolhedora, dirigida por Simão Pedro, foi procurada por infeliz mulher.
Trazia consigo todos os estigmas das
pecadoras. Fora lapidada e exibia manchas sanguinolentas na roupa em frangalhos.
Pronunciava palavras torpes. Revelava-se semilouca e doente.

As senhoras do reduto cristão retraíram-se, alarmadas. E o próprio Pedro, que recebera preciosas lições do Senhor, vacilou quanto à atitude que lhe seria adequada.

Como haver-se nas circunstâncias? Destinava-se aquele abrigo ao recolhimento de criaturas desventuradas; entretanto, como classificar a triste posição daquela mulher que, naturalmente, buscara o vaso da angústia nos excessivos gozos da vida? Não estaria a sofredora resgatando os próprios débitos? Se bebera com loucura na taça dos prazeres, não lhe caberia o fel da aflição?

Dispunha-se a rogar-lhe que se afastasse do asilo, quando recordou a necessidade de orar. Se o caso era omisso nas disposições que regiam o instituto fraterno, tornava-se imperioso consultar a inspiração do Messias.

O Mestre lhe ditaria o recurso. Buscar-lhe-ia, por isso, o conselho na prece ardente.

Enquanto a infortunada aguardava resposta, sob o apupo de pequena multidão que lhe contemplava as feridas, o apostolo buscou a solidão do santuário doméstico, e exorou a proteção do Amigo Divino, que fora crucificado.

Em breves instantes viu Jesus, nimbado de claridade resplandecente, não longe de suas
mãos, que se estenderam suplicantes:
- Mestre - rogou Pedro, atacando diretamente o assunto, como quem sabia da brevidade daqueles momentos inesquecíveis -, temos à entrada uma pecadora reconhecidamente entregue ao mal! Ajuda-me, inspira-me!... que farei?!...

O Salvador entreabriu os lábios sublimes e falou:
- Pedro, eu não vim curar os sãos...
O discípulo entendeu a referência, mas, ponderando a grave responsabilidade de quem administra, acentuou:
- Senhor, estamos agora sem tua orientação direta e visível. Recebê-la-emos neste lar para que? A fim de julgá-la?
Com o mesmo olhar sereno, Jesus replicou:
- Nesse mister permanecem na Terra numerosos juizes.
- Para fazer-lhe sentir a extensão dos erros? - indagou Simão, em lágrimas.
- Não, Pedro - tornou o Mestre -, para dar-lhe conhecimento da penúria em que vive, conta nossa irmã, nas vias públicas, milhares de bocas que amaldiçoam e outras tantas
mãos que apedrejam.
- Para conferir-lhe a noção do padecimento em que se mergulhou por si mesma?
- Também não. Em tarefa ingrata como essa, vivem aqueles que a exploram, dando-lhe fome e sede, pranto e aflição...
- Para dizer-lhe das penas que a esperam neste e no “outro mundo”?
- Ainda não. Nesse labor terrível respiram os espíritos acusadores, que não hesitam na condenação em nome do Pai, olvidando as próprias faltas...

O ex-pescador de Cafarnaum, então, chorou, súplice, porque no íntimo desejava conformar-se com os ditames da justiça, exemplificando, simultaneamente, com o amor que o Cristo lhe havia legado. Arquejava, soluçante, ignorando como prosseguir nas
indagações, mas Jesus dele se acercou, iluminado e benevolente... Enxugou-lhe as lagrimas que corriam abundantes e esclareceu:
- Pedro, para ferir e amaldiçoar, sentenciar e punir, a cidade e o campo estão cheios de maus servidores. Nosso ministério ultrapassa a própria justiça. O Evangelho, para ser realizado, reclama o concurso de quem ampara e educa, edifica e salva, consola e renuncia, ama e perdoa... Abre acesso à nossa irmã transviada e auxilia-a no
reerguimento. Não a precipites em despenhadeiros mais fundos... Arranca-a da morte e traze-a para a vida... Não te esqueças de que somos portadores da Boa Nova da Salvação!...

Logo após, entrou em silêncio, diluindo-se-lhe a figura irradiante na claridade evanescente da hora vespertina...
O apóstolo levantou-se, deu alguns passos, atravessou extensa fileira de irmãos espantados, abriu, de manso, a porta e dirigiu-se à mulher, acolhedor:
- Entre, a casa é sua!
- Quem sois? - interrogou a infeliz, assombrada.
-Eu? - falou Pedro, com os olhos empapuçados de chorar.

E concluiu:
- Sou seu irmão.

Do Livro Luz Acima
Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Irmão X

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ESPIRISISMO E SOCIEDADE (Compromisso Afetivo) Luiz e a Pespontadeira de Botinas


 
Havia sete para oito meses que Luís G. oficial sapateiro, namorava uma jovem, Victorine R. com a qual em breve deveria casar-se, já tendo mesmo corrido os proclamas do casamento.
Um dia, ao jantar, sobreveio uma controvérsia a propósito de qualquer futilidade, e, obstinando-se os dois nas opiniões, foram as coisas ao ponto de Luís abandonar a mesa, protestando não mais voltar.
Apesar disso, no dia seguinte veio pedir perdão, mas a moça, recusou-se à reconciliação.
Nem protestos, nem lágrimas, nem desesperos  puderam demovê-la.
Muitos dias ainda se passaram, esperando Luís que a sua amada fosse mais razoável, até que  resolveu fazer uma última tentativa: Chegando a casa da moça, bateu de modo a ser reconhecido, mas a porta permaneceu fechada. Novas súplicas do repelido, novos protestos, não ecoaram no coração da sua pretendida.
- “Adeus, pois, cruel! — exclamou o pobre moço - adeus para sempre. Trata de procurar um marido que te estime tanto como eu”.
 
A moça ouviu um gemido abafado e logo após o baque como que de um corpo escorregando pela porta. Pelo silêncio que se seguiu, a moça julgou Luís se assentara à soleira da da porta, e protestou a si mesma não sair enquanto ele ali se conservasse.
Decorrido um quarto de hora um homem, passando pela calçada , soltou um grito de espanto e pediu socorro.
Depressa acorre a  vizinhança, e Victorine, abrindo então a porta, deu um grito de horror, reconhecendo estendido sobre o lajedo, pálido, inanimado, o seu noivo. Cada qual se apressou em socorrê-lo, mas, tudo seria inútil, visto que ele deixara de existir.
O moço enterrara uma faca no coração, e o ferro ficara-lhe cravado na ferida.


(Soc. Espírita de Paris, agosto de 1858)Consulta ao Espírito    S. Luís
1. A moça, causadora involuntária do suicídio, tem responsabilidade?  —Sim, porque não o amava.

2. Então para prevenir a desgraça deveria desposá-lo a despeito da repugnância que lhe causava?  — Ela procurava uma ocasião de descartar-se, e assim fez em começo da ligação o que viria a fazer mais tarde.

3. Neste caso, a sua responsabilidade decorre de haver alimentado sentimentos dos quais não participava e que deram em resultado o suicídio do moço?        — Sim, exatamente.

4. Mas então essa responsabilidade deve ser proporcional à falta, e não tão grande como se consciente e voluntariamente houvesse provocado o suicídio? — É evidente.


Ao Espírito Luís G. evocado mais tarde, foram feitas as seguintes perguntas:
1. Que julgais da ação que praticastes? — Victorine era uma ingrata, e eu fiz mal em suicidar-me por sua causa, pois ela não o merecia. 

2. Então não vos amava?  — R. Não. A princípio iludia-se, a desavença que tivemos deu-lhe motivos, e ela até se deu por feliz achando um pretexto para se desembaraçar de mim.

3. E o vosso amor por ela era sincero? — Paixão somente, creia; pois se o amor fosse puro eu me teria poupado de lhe causar um desgosto.

4. E se acaso ela adivinhasse a vossa intenção persistiria na sua recusa? — Não sei, penso mesmo que não, porque ela não é má. Mas, ainda assim, não seria feliz, e melhor foi para ela que as coisas se passassem de tal forma.

5.  Batendo-lhe à porta, tínheis já a idéia de vos matar, caso se desse a recusa?  — Não, nunca pensei e suicídio, mas  também não contava com a sua obstinação. Foi somente à vista desta que perdi a razão.

6. Parece que não deplorais o suicídio senão pelo fato de Victorine o não merecer. É realmente o vosso único pesar? — Neste momento, sim; estou ainda perturbado, afigura-se-me estar ainda à porta, conquanto também experimente  outra sensação que não posso definir.

7. Dizeis que tendes um desgosto... qual é?       — Fiz mal em abreviar a vida. Não deveria fazê-lo. Era preferível tudo suportar a morrer antes do tempo. Sou portanto infeliz; sofro, e é sempre ela que me faz sofrer, a ingrata. Parece-me estar sempre à sua porta, não falemos nem pensemos mais nisso, que me incomoda muito. Adeus.

Por isso se vê ainda uma nova confirmação da justiça que preside à distribuição das penas, conforme o grau de responsabilidade dos culpados.
É à moça, neste caso, que cabe a maior responsabilidade, por haver se envolvido por brincadeira,
com um amor que
não sentia.
Quanto ao moço, este já é punido pelo sofrimento que lhe perdura
nas dores.

(Livro o Céu e o Inferno, cap. V, Suicidas)




Oração da Esperança / Bezerra de Menezes



Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer. Legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam contigo buscando servir-Te.

Permite-nos, agora, um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal, vividos na Casa que nos emprestaste para o planejamento das atividades evangélicas do futuro.

Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas, permite-nos faze-mo de forma diferente.

Quando, quase todos pedem pêlos infelizes, nós nos atrevemos a suplicar pêlos infelicitadores.

Quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos delinqüentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em beneficio dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pêlos esfomeados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a queda nas rampas éticas do comportamento.

Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os que obscureceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais quadrúpedes ferozes, sobre os cadáveres dos vencidos.

Tu que és o nosso pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, enlouquecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam o mundo.

Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isso que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelo desequilíbrio que os tomam profundamente infelizes.

Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na satisfação íntima do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão de despertar, um dia, sob o castigo da consciência que ninguém poupa.

Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria felicidade.

Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro os que choram, os que se debatem nos esconderijos da perturbação, e consciente ou inconscientemente Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas.

Quando os teus discípulos, aqui reunidos, encerramos essa etapa, damo-nos as mãos, e, emocionados, repetimos como os mártires do passado:
-Ave Cristo! Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é melhor para nós
Bezerra de Menezes

Aborto de Fetos Anencéfalos


ABORTO
DE FETOS ANENCÉFALOS

Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
     De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
   
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
     
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
     Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
     Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
 Na falta de equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
     Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, a revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
    Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila. 
perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
     Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
     Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
     Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
     Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual..
  (...)   Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
     Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
     E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
     A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
     As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
     Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
     O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…

Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
     Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, também o matarias?
     Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
     Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.   
          (Divaldo Pereira Franco,pelo Espírito Joanna de Ângelis,  em  11/04/2011)