PALESTRAS/REUNIÕES PÚBLICAS

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PALESTRAS/REUNIÕES PÚBLICAS - Às 4ª e 6ª feiras às 20 hs. e aos sábados às 15 hs

MARÇO - 2013

6ª feira -01 - Expositor/Tema: Jorgina Souza/Encarnação uma Lei Divina

Sábado - 02 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 06 -
Expositor/Tema: Luiz Antonio A de Souza/A Casa Espírita esta atendendo à causa Espírita?

6ª feira - 08 -
Expositor/Tema: Stela Pereira/Voz da Consciência

Sábado - 09 -Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 13 -
Expositor/Tema:Deuza Nogueira/Justiça social: uma questão de amor ao próximo

6ª feira - 15 - Expositor/Tema: Eduardo Henrique/A fórmula da caridade

Sábado - 16 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 20 -
Expositor/Tema: Wilsom Ribeiro/A fé transporta montanhas

6ª feira - 22 - Expositor/Tema:Rosane Moreira/O Evangelho e a atualidade

Sábado - 23 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo

4ª feira - 27 - Expositor/TemaCláudio Amaral/Despertar da Consciência: uma nova visão da vida

6ª feira - 29 - Expositor/Tema: Prece aos Desencarnados - Marcos Nunes/Vigiemos e Oremos-Parábola dos 1º Lugares

Sábado - 30 - Expositor/Tema: Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo



ESDE - ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Dia/Horário: todas as 2ª feiras às 19 hs

(São comtemplados todos os livros do Pentateuco, com os alunos divididos em grupos de estudo)


ESTUDO DAS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ
Todas as 6ª feiras às 18:30h


ATENDIMENTO FRATERNO
ÀS 6ª feiras à partir das 18 hs.





quarta-feira, 2 de maio de 2012

ESPIRISISMO E SOCIEDADE (Compromisso Afetivo) Luiz e a Pespontadeira de Botinas


 
Havia sete para oito meses que Luís G. oficial sapateiro, namorava uma jovem, Victorine R. com a qual em breve deveria casar-se, já tendo mesmo corrido os proclamas do casamento.
Um dia, ao jantar, sobreveio uma controvérsia a propósito de qualquer futilidade, e, obstinando-se os dois nas opiniões, foram as coisas ao ponto de Luís abandonar a mesa, protestando não mais voltar.
Apesar disso, no dia seguinte veio pedir perdão, mas a moça, recusou-se à reconciliação.
Nem protestos, nem lágrimas, nem desesperos  puderam demovê-la.
Muitos dias ainda se passaram, esperando Luís que a sua amada fosse mais razoável, até que  resolveu fazer uma última tentativa: Chegando a casa da moça, bateu de modo a ser reconhecido, mas a porta permaneceu fechada. Novas súplicas do repelido, novos protestos, não ecoaram no coração da sua pretendida.
- “Adeus, pois, cruel! — exclamou o pobre moço - adeus para sempre. Trata de procurar um marido que te estime tanto como eu”.
 
A moça ouviu um gemido abafado e logo após o baque como que de um corpo escorregando pela porta. Pelo silêncio que se seguiu, a moça julgou Luís se assentara à soleira da da porta, e protestou a si mesma não sair enquanto ele ali se conservasse.
Decorrido um quarto de hora um homem, passando pela calçada , soltou um grito de espanto e pediu socorro.
Depressa acorre a  vizinhança, e Victorine, abrindo então a porta, deu um grito de horror, reconhecendo estendido sobre o lajedo, pálido, inanimado, o seu noivo. Cada qual se apressou em socorrê-lo, mas, tudo seria inútil, visto que ele deixara de existir.
O moço enterrara uma faca no coração, e o ferro ficara-lhe cravado na ferida.


(Soc. Espírita de Paris, agosto de 1858)Consulta ao Espírito    S. Luís
1. A moça, causadora involuntária do suicídio, tem responsabilidade?  —Sim, porque não o amava.

2. Então para prevenir a desgraça deveria desposá-lo a despeito da repugnância que lhe causava?  — Ela procurava uma ocasião de descartar-se, e assim fez em começo da ligação o que viria a fazer mais tarde.

3. Neste caso, a sua responsabilidade decorre de haver alimentado sentimentos dos quais não participava e que deram em resultado o suicídio do moço?        — Sim, exatamente.

4. Mas então essa responsabilidade deve ser proporcional à falta, e não tão grande como se consciente e voluntariamente houvesse provocado o suicídio? — É evidente.


Ao Espírito Luís G. evocado mais tarde, foram feitas as seguintes perguntas:
1. Que julgais da ação que praticastes? — Victorine era uma ingrata, e eu fiz mal em suicidar-me por sua causa, pois ela não o merecia. 

2. Então não vos amava?  — R. Não. A princípio iludia-se, a desavença que tivemos deu-lhe motivos, e ela até se deu por feliz achando um pretexto para se desembaraçar de mim.

3. E o vosso amor por ela era sincero? — Paixão somente, creia; pois se o amor fosse puro eu me teria poupado de lhe causar um desgosto.

4. E se acaso ela adivinhasse a vossa intenção persistiria na sua recusa? — Não sei, penso mesmo que não, porque ela não é má. Mas, ainda assim, não seria feliz, e melhor foi para ela que as coisas se passassem de tal forma.

5.  Batendo-lhe à porta, tínheis já a idéia de vos matar, caso se desse a recusa?  — Não, nunca pensei e suicídio, mas  também não contava com a sua obstinação. Foi somente à vista desta que perdi a razão.

6. Parece que não deplorais o suicídio senão pelo fato de Victorine o não merecer. É realmente o vosso único pesar? — Neste momento, sim; estou ainda perturbado, afigura-se-me estar ainda à porta, conquanto também experimente  outra sensação que não posso definir.

7. Dizeis que tendes um desgosto... qual é?       — Fiz mal em abreviar a vida. Não deveria fazê-lo. Era preferível tudo suportar a morrer antes do tempo. Sou portanto infeliz; sofro, e é sempre ela que me faz sofrer, a ingrata. Parece-me estar sempre à sua porta, não falemos nem pensemos mais nisso, que me incomoda muito. Adeus.

Por isso se vê ainda uma nova confirmação da justiça que preside à distribuição das penas, conforme o grau de responsabilidade dos culpados.
É à moça, neste caso, que cabe a maior responsabilidade, por haver se envolvido por brincadeira,
com um amor que
não sentia.
Quanto ao moço, este já é punido pelo sofrimento que lhe perdura
nas dores.

(Livro o Céu e o Inferno, cap. V, Suicidas)




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