Nascer, morrer e renascer – Vigilância com os vossos lares.
Assim como o organismo humano, carne, ossos, músculos, artérias, veias – todo o conjunto é formado por células, assim também, os lares representam as células para a formação do conjunto terreno.
Distúrbios nas células orgânicas acarretam enfermidades, e com elas as doenças, as dores, os tormentos, os desassossegos, os desequilíbrios financeiros.
Distúrbios nos lares, acarretam, também, a inquietação nas cidades, desassossegos nos Estados, distúrbios morais e financeiros para um país e esses, de modo geral, no planeta.
As idéias guerreiras de um povo produzem inquietação geral, no mundo.
As realizações grandiosas em um país, com demonstrações de sentimentos elevados para a paz e a felicidade, repercutem, também, nos demais países e parece que uma onda benéfica proporciona a todos, mais confiança e mais esperança.
(...) Vigilância, pois, com os vossos lares.
Na sua intimidade existem peregrinos que vieram, como enfermos da alma, para se depurarem e se engrandecerem sob vossos cuidados e se espelharem nas vossas exemplificações.
Fazei tudo para que gestos, palavras, olhares e indiretas não venham a transformar-se em fagulhas destruidoras, reavivando o fogo dos desentendimentos de vidas passadas, contribuído para o seu desequilíbrio e conseqüente inquietação para o lar.
Esforçai-vos para o entendimento mútuo porque ele representa a barreira contra as influências deletérias que se infiltram em toda a parte.
Repeli insinuações malévolas, produto da inveja, ciúmes e ambições que contaminam e que degradam.
Afogai as mágoas; afastai as queixas contínua, desnecessárias e que enervam; tende a paciência necessária e precisa para esperar pelo amanhã, dando prazo para que as névoas da revolta se dissipem, afastadas pela brisa benéfica da ponderação.
Lembrai-vos de que existem dívidas a resgatar entre uns e outros; não vos esqueçais de que filhos e parentes não foram postos sob o mesmo teto, por acaso ou por circunstâncias da vida presente.
Entre todos existem laços de afinidades passadas ou fluidos que se repelem e precisam ser fortificados ou transformados para que a peregrinação em futuras vidas sucessivas seja mais suave e tranqüila.
A calma, a ponderação e a paciência são os sustentáculos para a tranqüilidade presente e para a paz futura. Analisai as vossas palavras e antes de proferi-las, atentai bem para as conseqüências que dela poderão advir.
Palavras e atos impensados, não medidos, são produzidos pela tinta indelével dos ímpetos recalcados e só se apagam da mente após, por vezes, vidas sucessivas estribadas no carinho sincero, nas verdadeiras demonstrações de amizade.
Vigilância com os vossos lares!
As antenas do mundo terreno e espiritual vivem atentas, captando as irradiações produzidas em vossas vidas conjuntas.
Se boas, terão as respostas precisas, em irradiações benéficas para maior reforço e entendimento.
Se más, receberão, também, perfeitamente identificadas, as ondas destruidoras enviadas por aqueles que se comprazem com o mal, arrebanhando outros infelizes na expectativa de que, repartidas, suas mágoas e seus desesperos possam ser atenuados.
Em vosso rádio não procurais estações cujas ondas vos proporcionam prazer, horas de sadio entretenimento, recusando aquelas que não vos aprazem?
Vossas vidas, em conjunto, no lar, também dependem das estações do espaço que o vosso desejo apraz sintonizar.
Falanges do bem captam e emitem ondas de amparo e favorecimento.
No lar, tudo fazei para que ele seja o verdadeiro oásis onde, através do deserto da incompreensão e nas noites escuras e tempestuosas das provações, possam todos encontrar o descanso e o amparo para, um novo dia, mais refeitos, encorajados e providos de meios de subsistência valiosa, possam retomar a viagem, reencetando a longa caminhada para países distantes onde reinem a paz e a felicidade, sustentáculos do trabalho construtivo. ▪
O autor, Inácio Ferreira de Oliveira (Reencarnou em Uberaba, 15 de abril de 1904. Desencarnou em 27 de setembro de 1988. Foi um médico psiquiatra espírita brasileiro. Filho de Jacinto Ferreira de Oliveira e de Maria Lucas de Oliveira, foi casado com Aparecida Valicenti Ferreira e não teve filhos.
Observou, catalogou e estudou, sem idéia preconcebida, os diferentes fatos neuropsíquicos relacionados com os enfermos internados no Sanatório Espírita de Uberaba, do qual foi diretor-clínico por mais de cinco décadas, tendo verificado a eficácia da terapia espírita para a cura de distúrbios mentais e / ou obsessivos.
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