O Condutor Morto
Autor desconhecido
Há anos ocorreu na cidade do Rio de Janeiro um fato que dá o que pensar. Um micro-ônibus, então chamado “lotação”, percorria as movimentadas ruas da “cidade maravilhosa”. Tarde calorenta, a condução repleta de passageiros, gente apressada, mal humorada.
O motorista, sentindo um mal estar, parou em frente a um comércio e desceu apressadamente. Avistou uma farmácia, entrou e foi atendido pelo farmacêutico, que o levou a um cômodo interno para verificar a pressão. O homem teve uma síncope e morreu.
Enquanto isso, lá fora, os passageiros da lotação, impacientes começam a reclamar:
- Disse uma senhora: - isto é uma irresponsabilidade! Onde já se viu, parar a condução em qualquer lugar e sair sem dar satisfação!
- Diz o outro: - eras ó o que faltava. Ter que esperar num calor desses enquanto o motorista vai tomar café e comprar cigarros! è
- Café! Ele foi e tomar uma cachaça! – diz outro passageiro.
- A gente paga para andar aqui, não é favor não. Neste país só tem pilantra. Se fosse num lugar mais desenvolvido, numa dessas ,ele iria preso.
A todos faltou, misericórdia, fraternidade e ponderação, condenando, julgando um semelhante, sem saber que estavam esperando por um motorista morto. ▪
Identificados nos textos acima:
· Calúnia
· Precipitação
· Pré-julgamento
Nenhum comentário:
Postar um comentário