A FIGUEIRA E OS FRUTOS
(Comentário Evangélico pelo Espírito Bezerra de Menezes)
“E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. Vendo um figueira, foi ver se nela acharia o que comer; não achando senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: nunca mais comerá alguém fruto de ti. E os discípulos, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. (Mc.11:12-14; 11:20)
Procuremos entender como possa o Mestre, todo amor e compaixão, ter assim castigado uma árvore por não produzir frutos fora da estação própria.
Tal providência do Mestre, fazendo secar a figueira, assemelha-se à atitude do Senhor, que ao pedir contas aos servos aos quais confiara diferentes talentos, determinou fosse o negligente dentre eles despojado do que tinha: “...ao que não tiver, até o que tem ser-lhe tirado”. (Mt.25:29). Ainda em Mateus, cap. 7 vers. 19, lemos: “Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se ao fogo”.
Semelhantemente, aqueles seguidores do Mestre que não produzam bons frutos serão desarraigados da Terra generosa e fértil que os acolhe e transplantados a solo árido e ingrato.
E o exílio de uma Terra generosa fertilizada pelo trabalho missionário de tantos abnegados mensageiros do Senhor, para uma outra, árida e pedregosa, não seria a mesma secura imposta pelo Mestre à figueira estéril? Não equivaleria tal remoção para ingrato ambiente à perda dos talentos mal aproveitados?
Vede bem que diz o ver. 13 da parábola: “...não era tempo de figos”. Mas tal não considerou o Mestre como atenuante de culpa de sua esterilidade. O Mestre não reclamaria a uma planta a produção de frutos fora de época. Entendamos, antes, que para os seguidores do Mestre sempre é tempo e estação de produzirem bons frutos. O testemunho de operosidade na seara Divina é para ser dado a cada instante, e será de tanto maior valor e proveito, se difíceis forem as circunstâncias de que se revista.
Tirai pois o máximo proveito da Terra dadivosa e boa que vos acolhe, e preparai-vos, a qualquer momento poderá vir o Mestre recolher vossos frutos, e que não tenha de vós classificar entre as plantas estéreis, condenando-os a desterro e replante em solo ingrato que vos caberá abrandar com suor e lágrimas.
Na vida do verdadeiro cristão, sempre será tempo de figos!
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ADOLFO BEZERRA DE MENEZES, 11/04/1900—29/08/1831.
Como Espírito, prossegue na vivência plena de caridade, levantando os abatidos, orientando os endurecidos , inspirando indulgência, e perfumando as almas com seus exemplos de mansidão, devotamento, benevolência e perdão.
BEZERRA MUITO OBRIGADO !
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